ISSN 2359-5191

04/11/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 92 - Arte e Cultura - Museu Paulista
Homenageado pela PM, Museu Paulista pode reabrir em 2018
Sheila Ornstein, diretora do Museu Paulista, recebe a Medalha Coronel Paul Balagny/Museu Paulista

Em entrevista após a cerimônia de entrega da Medalha Coronel Paul Balagny, Sheila Walbe Ornstein, diretora do Museu Paulista (MP) da USP, afirmou que este pode reabrir em 2018.

Mais conhecido como Museu do Ipiranga, o MP recebeu a condecoração da Diretoria de Ensino e Cultura da Polícia Militar do Estado de São Paulo no mês de outubro.

A Medalha Coronel Paul Balagny, instituída pelo Decreto 50.713, de 10 de abril de 2006, foi criada em homenagem ao centenário da Missão Militar Francesa de instrução da então Força Pública do Estado de São Paulo. A condecoração reconhece civis, militares ou instituições, que tenham contribuído para as ciências, letras, artes e cultura, e cujo trabalho tenha trazido algum benefício para a PM de São Paulo.

Segundo Sheila, a homenagem à unidade se deve à coleção bastante significativa na área militar, que conta com moedas, medalhas, comendas, espadas e armas. “Temos inclusive, no nosso acervo, um dos símbolos maiores da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que é a espada de Tobias de Aguiar”, conta a diretora.

Além do Museu Paulista, as outras instituições reconhecidas foram a FATEC (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) e o Museu de Arte Sacra.

Reabertura em 2018

Logo depois da interdição, no dia 3 de agosto, as informações eram de que o Museu Paulista só reabriria em 2022. Porém, a diretora, que também é professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU), explica que a restauração do prédio pode ser finalizada em 2018. “A nossa previsão, a princípio, que pode ser alterada e depende de alguns cronogramas que ainda estão sendo elaborados, é que o restauro do edifício histórico, pela sua delicadeza e complexidade, pode demorar até cinco anos. Dependendo do andamento desses trabalhos, podemos abrir parte do edifício monumento antes do prazo de cinco anos.”

Em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, todas as obras estariam concluídas, inclusive a construção do bloco técnico. Esse novo espaço, que estava planejado mesmo antes do fechamento para as reformas, é destinado a abrigar parte do acervo, composto por cerca de 130 mil itens. Assim, o edifício histórico seria usado somente para as exposições.

No momento, aguarda-se o escoramento das salas “que foram consideradas críticas por conta de desplacamento de forro”, como conta a diretora, sendo que em uma delas a ação já foi concluída. Espera-se que esse processo seja finalizado ainda este ano, pois ele é necessário para que as equipes comecem a trabalhar na retirada de algumas obras e na proteção daquelas que não podem sair do Museu.

“Ao mesmo tempo, serão terminados, até dezembro, os diagnósticos e projetos para restauro das fachadas”, informa Sheila, sendo que as fachadas incluem argamassas, pinturas, esquadrias em madeira das portas e janelas, e telhados. “Temos expectativa de que no início do ano que vem comece a complementação desses diagnósticos e projetos, que deverão ser licitados pelo final de 2014”, uma vez que precisam ser aprovados pelos órgãos de preservação do patrimônio. “Esperamos que seja iniciada alguma atividade de obra ainda no ano que vem”, acrescenta.

A equipe interna do Museu, conforme informa a diretora, trabalha numa espécie de plano estratégico. Este envolve a procura de imóveis com potencial de aluguel para abrigar o acervo e ainda outros para guardar os itens da biblioteca e das reservas técnicas, além de pensar em formas de proteção das obras que ficam no Museu, como o quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo. Sheila diz que todo o processo de retirada do acervo leva de seis meses a um ano e, enquanto estes itens não saírem do prédio, o trabalho de restauração não pode ser iniciado. 

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