De bióloga a diretora da escola de engenharia de São Carlos

©: arquivo pessoal Maria do Carmo assinando o termo de posse de diretora da EESC, em 9 de março.

 

 

 


Em dois meses de administração – oficialmente ela está no cargo desde 24 de fevereiro – a professora já faz a analogia de que “a Escola de Engenharia é um sistema ecológico bastante equilibrado” e diz que, agora, o foco principal é dar mais visibilidade nacional e principalmente internacional à EESC. Diz também estar confiante em sua equipe. “O mais importante quando você vai assumir um cargo é saber quem são as pessoas da sua equipe de trabalho. Me informei sobre o pessoal que já vinha trabalhando para que pudesse confiar plenamente neles e trouxe ainda os professores Márcio Corrêa e Fábio Guerrini para me assessorar”, explica a professora, que demonstra estar otimista com o desenvolvimento do plano de gestão da Universidade, abordando a desburocratização. “Eu gostaria que muitas coisas acontecessem mais rápido na USP”, arremata Maria do Carmo, que se diz ansiosa.

E essa característica não é a única declarada pela diretora. “Tudo que eu posso agilizar eu faço. Em cima da minha mesa não tem um papel para assinar. Nada fica de um dia para o outro. Meus alunos e as pessoas que trabalham comigo também sabem que sou detalhista – até por culpa da minha formação, – super-pontual – prazo é prazo – e extremamente metódica (risos). Às vezes, até me irrita, mas nesta idade não consigo mais mudar.”

Levar teses e relatórios para casa era rotina, mas com o novo cargo o número ficou maior. As atividades de dona de casa ficam reservadas à mãe, dona Carmen. Ela é quem administra tudo. “A assistência que eu posso dar é em tempo curto. Na verdade, nunca fui ligada em casa e parte dessa culpa é da minha mãe mesmo. Ela dizia sempre que o primeiro marido das filhas seria o diploma. Fomos criadas para sermos profissionais (a irmã mais velha é professora titular na UFV e a mais nova médica).”

Ela, que não tem filhos, diz que o marido, José Luiz de Genova, cirurgião-dentista, compreende muito bem a dedicação à profissão. “Eu me casei só depois do doutorado. Como começamos a namorar no primeiro ano de faculdade, foram 11 anos. Ele casou sabendo.... (risos). Então, a minha dedicação foi essa. Muito excepcionalmente eu vou ‘para a cozinha'; se tiver um restaurante aberto, melhor”, brinca ela.

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