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Dicas e recomendações de consumo
Opções de light e diet não faltam, mas a dica é não abusar e prestar atenção na procedência dos produtos que consumimos
“O avanço das tecnologias diagnósticas propiciou o aumento do diagnóstico de determinadas doenças, o que não quer dizer que isso esteja associado ao aumento do uso de adoçantes”, analisa Soraia Covelo Goulart
O consumo abusivo de açúcar também pode causar prejuízos à saúde, entre eles Carlos Alberto Werutsky destaca o aumento do nível dos triglicerídeos, provocar cáries e o desenvolvimento da obesidade
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Em relação às gestantes, os estudos também são inconsistentes. Márcia Bernik, médica endocrinologista do HU, revela que “não há evidências científicas suficientes demonstrando que o uso de aspartame, sacarina ou stévia leve a risco durante a gravidez”. Estudos realizados em ratos, no entanto, mostram aumento de risco de câncer de bexiga nos fetos de ratas que usaram grandes quantidades de sacarina, mas a especialista afirma que outro estudo já não revela os mesmos resultados e a “FDA (Food and Drug Administration) aprova o uso de adoçantes durante a gravidez”. Devido a essas disparidades de conclusões, ela comenta que prefere orientar as pacientes a tentar não utilizar ou usar o mínimo possível de adoçantes durante a gravidez.
Katia Gavranich Camargo, nutricionista do Hospital das Clínicas (HC), alerta para o fato de que as grávidas devem evitar produtos adoçados com aspartame, já que a fenilalanina presente no produto pode ultrapassar a barreira placentária e lesionar o cérebro de fetos com fenilcetonúria, isto é, que não conseguem metabolizar o aminoácido contido nos alimentos por um defeito enzimático hereditário. Ela comenta outros possíveis malefícios que podem ser causados pelos adoçantes, “eles causariam, além de cânceres, mal de Alzheimer, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares, entre outros males. O mesmo pode-se dizer sobre outros adoçantes artificiais, como a sacarina e ciclamato e acessulfame K”.
As pesquisas assustam, mas Soraia pondera e analisa: “Na realidade houve um avanço da tecnologia diagnóstica, então muitas doenças como mal de Alzheimer foram diagnosticadas pelo avanço das tecnologias, o que não quer dizer que aumentou a proporção delas por causa do consumo de adoçantes”.
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