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A soberania de gestão obtida pela USP foi uma das conquistas essenciais para seu desenvolvimento
A implementação da autonomia universitária concedeu à USP, o que o ex-reitor e um dos articuladores dessa iniciativa, José Goldemberg, chama de maioridade. Criada em 1934, a Universidade obteve esse status efetivamente apenas aos 55 anos, por um decreto do governador do Estado Orestes Quércia, em 1989, e foi um dos fatores que contribuiram para o desenvolvimento da instituição elevando seu conceito mundialmente.
O artigo 207 da Constituição federal define: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino e extensão”. No entanto, Goldemberg destaca que “na prática a autonomia financeira era ficção” e não se obedecia a autonomia em suas quatro dimensões destacadas na lei constitucional. Ele conta que na época a inflação era grande e os orçamentos aprovados pela Assembléia Legislativa para o ano seguinte eram irrealistas; à medida que o ano passava, a moeda se desvalorizava e os custos aumentavam demasiadamente.
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