Em debate, a reforma do Estatuto

A comissão especial constituída pelo Conselho Universitário para estudar a reforma do Estatuto da Universidade promoveu no dia 24, em Piracicaba, mais um debate com representantes da comunidade acadêmica. Entre as propostas da comissão – que deverão ser entregues ao Conselho Universitário em setembro – estão a desburocratização, a descentralização, alterações na carreira docente e uma nova forma de escolher o reitor. “Optamos por propor a mudança de alguns tópicos. Não é o ideal, mas é o factível para que possamos avançar neles, e não sonhar com a grande catedral que não poderá ser construída”, afirmou o presidente da comissão, professor João Grandino Rodas, da Faculdade de Direito. Já houve debates nos campi de Ribeirão Preto, Pirassununga, São Carlos, Bauru e Piracicaba. Em agosto haverá nova rodada de audiências, nos dias 4 (Lorena), 5 (Cidade Universitária), 6 (reunindo a Escola de Enfermagem e as Faculdades de Medicina, de Saúde Pública e de Direito) e 12 (USP Leste). universidade

 

 

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Colóquio homenageia José Goldemberg

Numa homenagem ao professor e ex-reitor da USP José Goldemberg – por seus 60 anos de dedicação à Universidade e ao Brasil –, o Colóquio “2010-2020: Um Período Promissor Para o Brasil?” reuniu pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento para debater o futuro do país. Realizado de 24 a 26 de junho na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, o evento discutiu temas como universidade, ambiente, energia e desenvolvimento sustentável. “Se me perguntassem o que de mais importante fiz pela Universidade como reitor, eu diria que foi lutar pela autonomia financeira e pela autonomia de gestão da Universidade, conquistada em 1988”, disse o professor ao Jornal da USP. Sua maior colaboração para o país, declarou, “foram as discussões que a Universidade realizou sobre os rumos da política energética e da política ambiental”. Goldemberg também recebeu, no dia 19, o Prêmio Planeta Azul, no valor de R$ 800 mil, concedido pela Asahi Glass Foundation, do Japão. Outro professor da USP homenageado na semana passada foi o ex-reitor Flavio Fava de Moraes, que recebeu o título de Professor Emérito do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). universidade

Um príncipe na Faculdade de Direito

“Agradeço à USP por esta solenidade. Sinto-me honrado por estar acompanhando as festividades do centenário da imigração japonesa.” Foi o que disse, num português exato, o príncipe Naruhito, do Japão, em discurso na Faculdade de Direito da USP, onde foi recepcionado pela reitora Suely Vilela e se encontrou com estudantes brasileiros descendentes de japoneses. “O Brasil e o Japão têm um papel importante no cenário internacional. Por isso, desejo uma parceria cada vez maior e contínua entre os dois países. As universidades são uma fonte de prosperidade”, acrescentou Naruhito. Um dos estudantes que se encontraram com o príncipe foi Francisco Yamauti, aluno de Fisioterapia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. “Ele foi uma simpatia, quis saber sobre as nossas atividades e disciplinas”, disse. “Fiquei surpreso porque sempre ouvi meus avós falarem da família imperial como se fossem deuses.” Naruhito visitou o Brasil para participar das homenagens aos cem anos da imigração japonesa no Brasil. A data deu ocasião para várias atividades na USP, entre elas o 8o Simpósio Nipo-Brasileiro de Ciência e Tecnologia, no dia 23 de junho, na Cidade Universitária, em São Paulo. Nesse encontro, o professor Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos da USP, proferiu mensagem em que exaltou o legado dos imigrantes que há cem anos chegaram ao porto de Santos. “A imigração japonesa trouxe para nossa cultura incipiente os valores do trabalho, do estudo intenso, do respeito à natureza, à terra e uma força para enfrentar desafios exemplar”, declarou Mascarenhas. especial

O legado de Ruth Cardoso

A antropóloga Ruth Cardoso, que morreu no dia 24, vítima de problemas cardíacos, foi “extremamente importante” para o Brasil ao chamar a atenção para os diversos movimentos sociais do país, como o das mulheres, negros e homossexuais, entre outros. Ela trouxe uma visão inovadora porque, para Ruth, os movimentos deveriam participar da cena política e dialogar com a sociedade, mesmo sem terem participação política ‘homologada’ através de siglas partidárias. A opinião é do professor José Álvaro Moisés, docente titular do Departamento de Ciência Política da USP e diretor do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade. Segundo ele, Ruth deixa um legado de “extrema generosidade, delicadeza e inteligência”. Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Ricardo Garcia Pereira Ramalho, orientando de Ruth no mestrado e no doutorado,  a antropóloga era uma orientadora “muito criativa, inteligente e séria, com um padrão de exigência muito grande, que estimulava o pesquisador de forma intensa”. nacional

 

 

 
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