Danilo Paiva Ramos

Danilo Paiva Ramos

Mestre/ USP
danilo.ramos@usp.br

O trabalho de campo realizado entre 2009 e 2012 permitiu perceber que as rodas de coca constituem-se como um espaço central para os fazeres mítico, onírico e xamânico, a partir dos quais os mais velhos estabelecem relações fundamentais para com o universo hup. Nesse sentido, o entendimento dessa performance específica depende da compreensão desse modo de ação nesse e em outros contextos. Aproximando-me de Gow (2001), creio ser importante enfocar os encontros noturnos através dos atos de contar, ouvir e interpretar mitos, sonhos e benzimentos, e do modo como esse modo de ação conecta-se de formas específicas a outros. Tomando as rodas de coca como performances buscou-se entender como a sequência dos encontros e as viagens às serras, moradas dos ancestrais, associam mitos, sonhos e encantamentos como modos de ação que engendram interações com diversos tipos de pessoas e seres com quem os Hupd’äh co-habitam o mundo.

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