Desde 1999 tenho pesquisado práticas expressivas entre jovens moradores das periferias de São Paulo. Que reflexões e transformações são operadas nas diversas performances que envolvem o fazer artístico? A Antropologia da Performance foi experimentada inicialmente em pesquisa sobre o aprendizado musical junto ao Projeto Guri, que resultou no livro A música e o risco – Etnografia da performance de crianças e jovens participantes de um projeto social de ensino musical (Edusp, 2006). Em pesquisas posteriores, o foco foram outras manifestações expressivas, como o audiovisual produzido por coletivos periféricos (retratado no filme etnográfico Cinema de Quebrada, 2008) e a arte de rua e suas transformações em Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo (tema do filme A arte e a rua, 2011, e do livro Lá do Leste – Uma etnografia audiovisual compartilhada, 2013). A produção de filmes na pesquisa antropológica provoca ainda a reflexão sobre as performances do antropólogo e dos sujeitos em uma situação etnográfica mediada pela câmera.

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