JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Adilson dos Santos
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"O mistério de Highmore Hall": a narrativa gótica de João Guimarães Rosa
Adilson dos Santos
|
Rita Felix Fortes
Estação Literária, n. 24, 2020
p. 127-147
Embora seja reconhecido junto à crítica literária como um dos grandes representantes da vertente regionalista da literatura brasileira, João Guimarães Rosa, em suas primeiras produções, não extraiu do regional a matéria prima para a produção de suas narrativas. Pelo contrário, influenciado pela literatura europeia e norte-americana, seu exercício criativo se enveredou por terras e personagens estrangeiros e deu à luz contos que flertam com as vertentes do insólito ficcional. O objetivo do presente estudo é apresentar uma leitura do conto de estreia de Rosa, “O mistério de Highmore Hall”, e evidenciar as marcas de uma destas vertentes: o Gótico.
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"O outro ou o outro" ou as duas faces de uma mesma moeda
Adilson dos Santos
Nonada, v. 2, n. 29, 2017
p. 20-33
Pautando-se no discurso efetivado pelo narrador-personagem, a presente análise de “O outro ou o outro” - conto presente em Tutaméia (Terceiras Estórias), de João Guimarães Rosa - procura evidenciar o sentimento de alteridade por ele experimentado quando, em companhia de seu tio Dô, delegado, depara-se com um acampamento cigano, com especial destaque para a figura de Prebixim. Tanto tio Dô quanto Prebixim marcam a sua natureza dúplice. Ambos os “outros” formam o “mesmo”.
Palavras-chave do autor:
Alteridade
|
conto
|
identidade
|
João Guimarães Rosa
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"Sinha secada": o rodear de "infinidade e falta" na díade mãe/filho
Adilson dos Santos
Travessias, v. 4, n. 3, 2010
p. 307-318
Em “Sinhá Secada”, conto presente no volume Tutaméia (Terceiras Estórias) (1967), de João Guimarães Rosa (1908-1967), o tema do duplo é encenado na cisão mãe/filho. Por ter sido “supostamente” uma vez infiel ao marido, tomam-lhe a criança. Esta falta será jamais preenchida na jovem mãe. Enquanto gerava o filho, a protagonista vivenciara a experiência do próprio corpo e, concomitantemente, do próprio ser desdobrar-se. Ao levarem-lhe o filho – o outro –, metaforicamente, retiram-lhe a alma, fazendo-a secar externa e internamente. A cura somente se realiza vários anos depois, com o aparecimento de um rapaz que também vivenciara a mesma sorte – a falta do outro representada pela figura da mãe.
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A "despedidosa dose" de João Guimarães Rosa
Adilson dos Santos
Revista Investigações, v. 21, n. 1, 2008
p. 75-107
Tutaméia (Terceiras Estórias) é uma obra dotada de várias “intenções ocultas”, conforme Paulo Rónai. Os elementos que a tornam labiríntica são múltiplos: dois índices, dois títulos, ordenação alfabética dos contos, anagramas, epígrafes, glossário, quatro prefácios, ilustrações de capa e ilustrações ao final de cada estória. O presente estudo objetiva detalhar os pormenores de sua estrutura peculiar e apresentar algumas considerações acerca dos quatro prefácios que a compõem.
Palavras-chave do autor:
Especificidade Estrutural
|
João Guimarães Rosa
|
Prefácios
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Tutaméia (Terceiras Estórias)
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A atualização de Eumênides, de Ésquilo, em “A benfazeja”, de Guimarães Rosa
Adilson dos Santos
Todas as Musas, n. 1, 2011
p. 14-30
Este estudo objetiva demonstrar que o conto “A benfazeja”, de Guimarães Rosa, é uma retomada do mito das “Erínias/Eumênides”, tal como este aparece registrado na trilogia Oréstia, de Ésquilo. Adaptando o mito de acordo com a realidade do sertão, o escritor mineiro, ao figurar sua protagonista (Mula-Marmela), dá vida a uma personagem que mantém na essência as características peculiares das antigas titulares do panteão helênico.
Palavras-chave do autor:
conto
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Ésquilo
|
Guimarães Rosa
|
Mitologia grega
|
tragédia grega
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A presença da alteridade em "Orientação", de João Guimarães Rosa
Adilson dos Santos
Nonada, v. 10, n. 10, 2007
p. 25-41
Em "Orientação", conto presente em Tutaméia (Terceiras Estórias), de João Guimarães Rosa, constata-se a presença da alteridade, ou melhor, o cruzamento de duas alteridades: o chinês Yao Tsing-Lao e a sertaneja Rita Rola. A paixão correspondida resulta no casamento entre Oriente e Ocidente. Embora o enlace não perdure, o encontro de personagens tão diferentes no que tange ao aspecto físico e comportamental acarreta transformações. Da convivência com o chinês, Rita Rola, gradativamente, torna-se diferente, orientaliza-se.
Palavras-chave do autor:
Alteridade
|
conto
|
João Guimarães Rosa
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A reatualização de um quadro da fé cristã em "Presepe"
Adilson dos Santos
Plural Pluriel Revue des cultures de langue portugaise, n. 4-5..., 2009
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Faces platônicas do duplo no conto "Ripuária"
Adilson dos Santos
Letras de Hoje, v. 46, n. 3, 2011
p. 81-87
Este estudo objetiva analisar o tema do duplo, sob uma perspectiva platônica, em "Ripuária", conto publicado no volume Tutaméia (Terceiras Estórias) (1967), de João Guimarães Rosa (1908-1967). A análise procurará evidenciar, no citado texto, a construção do amor a partir da ideia de androginia, presente em O banquete, bem como a ideia de prisão versus desejo de libertação, presente no mito da caverna, relatado no livro VII de A república.
Palavras-chave do autor:
literatura brasileira - história e crítica
|
ROSA, GUIMARÃES - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
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Manifestações do duplo em "Palhaço da boca verde"
Adilson dos Santos
Cadernos do IL, n. 37, 2008
O presente trabalho objetiva apresentar uma leitura de “Palhaço da boca verde”, do livro Tutaméia (Terceiras Estórias), sob a perspectiva do duplo. São três os artistas que fazem parte do enredo, compondo a complexa situação de um triângulo amoroso: Mema Verguedo, X. Ruysconcellos e Ona Pomona. Tais personagens – cada qual à sua maneira – são seres cindidos. No que se refere à X. Ruysconcellos, sob a pele do palhaço Ritripas, este procura fugir da realidade. No que diz respeito às figuras femininas, uma atua como o alter ego da outra. Embora X. Ruysconcellos demonstre inicial interesse por Ona Pomona, ao final da narrativa, ele descobre ser Mema Verguedo a sua metade faltante. Neste momento, cada um dos amantes reencontra a sua própria androginia.
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Duplo
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Memória dúplice em "Rebimba, o bom"
Adilson dos Santos
Darandina, v. 2, n. 1, 2009
O presente trabalho objetiva apresentar uma leitura do conto ?Rebimba, o bom? sob a perspectiva do duplo. Após ficar órfão por ocasião de uma epidemia de varíola, o narrador-personagem desenvolve uma curiosa competência: a memória dúplice. De um lado, ele desfruta da memória de vida. Do outro, ele conserva a memória de morte. Na narrativa, todo o seu itinerário oscilará entre essas duas circunstâncias.
Palavras-chave do autor:
conto
|
Duplo
|
João Guimarães Rosa
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Plagiato e androginia em "Se eu seria personagem", de João Guimarães Rosa
Adilson dos Santos
Signo, v. 35, n. 58, 2010
p. 179-198
A presente análise visa mostrar que o anônimo narrador do conto “Se eu seria personagem” – presente no volume Tutaméia (Terceiras Estórias) (1967), de João Guimarães Rosa – é um ser duplamente duplo. O amigo Titolívio Sérvulo e a amada Orlanda são as suas faces complementares. Com o primeiro, forma uma dupla de íntimos e rivais. Titolívio é o outro que realiza suas aspirações mais profundas. No que se refere à Orlanda, esta é a metade feminina que lhe falta e pela qual busca ansiosamente. Com ela forma a polaridade necessária à realização do amor.
Palavras-chave do autor:
Androginia
|
conto
|
Duplo
|
João Guimarães Rosa
|
plagiato
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Quando o "ver" evolui para o "transver": uma análise de "Quadrinho de estória"
Adilson dos Santos
Trama, v. 4, n. 8, 2008
p. 11-27
Este estudo visa apresentar uma leitura de “Quadrinho de Estória” – conto presente no volume Tutaméia (Terceiras Estórias) (1967), de João Guimarães Rosa (1908-1967) – sob o enfoque do mito do homem andrógino, relatado em O banquete, e da alegoria da caverna, presente no livro VII de A república, ambos de Platão. A análise também aponta os claros vínculos da narrativa de Rosa com o conto “O retrato oval” (1842), de Edgar Allan Poe.
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Transitando pelas veredas insólitas de Rosa: uma leitura de "Chronos kai Anagke"
Adilson dos Santos
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Rita Felix Fortes
O Eixo e a Roda - Revista de Literatura Brasileira, v. 29, n. 4, 2020
p. 188-213
Publicado em 2011, pela Editora Nova Fronteira, o volume de contos Antes das primeiras estórias reúne quatro contos da juventude de João Guimarães Rosa (1908-1967) publicados na revista O Cruzeiro e no diário O Jornal. Apesar de ainda não terem conquistado a devida atenção por parte da crítica especializada, os contos dessa coletânea flertam com as vertentes do insólito ficcional e evidenciam uma faceta de sua obra que será posteriormente aprimorada nas narrativas de matriz regionalista. O objetivo do presente estudo é apresentar uma leitura do conto “Chronos kai Anagke” pelo viés de uma dessas vertentes. Com base no arcabouço teórico de Tzvetan Todorov e Filipe Furtado, pretende-se demonstrar que a narrativa rosiana se enquadra no que Todorov denomina “fantástico puro”.
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