JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Antonio Candido
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Antonio Candido
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O limite entre natureza e civilização: o problema da humanização à luz da ficção de Guimarães Rosa
João Pedro Lima Bellas
Scripta Alumni, n. 16, 2016
Em sua vasta obra, Antonio Candido defende de maneira consistente a compreensão da literatura como um fator de humanização. Essa noção parte de um pressuposto evolucionista que associa humanização a civilização e segundo o qual diferentes grupos de pessoas estariam em diferentes estágios de desenvolvimento, sendo mais civilizados aqueles que superaram um estado de simbiose com a natureza. De acordo com essa perspectiva, a literatura desempenharia um papel fundamental no processo de distanciamento entre o homem e o mundo natural. O objetivo deste ensaio é confrontar a visão de Candido a duas narrativas de Guimarães Rosa: Meu tio o iauaretê (1961) e A terceira margem do rio (1962), para problematizar a função humanizadora da literatura advogada pelo crítico.
Palavras-chave do autor:
Animalidade
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Antonio Candido
|
Guimarães Rosa
|
Humanização
|
natureza
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A transfiguração do dragão ou a sobrevida do regionalismo
Maryllu de Oliveira Caixeta
Revista Criação & Crítica, n. 26, 2020
p. 12-39
No conto de Tutaméia “Reminisção”, Romão demonstra amor incondicional por sua mulher. No final, ela transfigura-se abraçada ao marido que “morre”. O conto oferece uma alegoria parodística da função de Rosa, o autor que supera a sobredeterminação da literatura brasileira ao regionalismo e às cópias falsas de modas estrangeiras. O índice de Tutaméia assinala alguns contos que metaforizam o ponto de vista de João Guimarães Rosa sobre a ordem na qual participa e intervém. Parece-me que o conto “Reminisção” oferece o ponto de vista de Rosa a respeito da função de seu nome de autor regional-universal, na evolução da história da literatura brasileira. Para estudar o modo como essa função se constituiu, considero a contribuição decisiva de Antonio Candido, a partir da estreia do ficcionista nos anos de 1940 e também no ensaio dos anos de 1970 que o consagra escritor superregionalista latino-americano. Para analisar “Reminisção” como alegoria parodística da função de autor regional-universal, separo o conto em três partes correspondentes a três fases de evolução da história do regionalismo; depois analiso o modo como o vocabulário exótico do conto contribui na indeterminação de seu sentido, e proporciona ao leitor a materialidade dos contornos da metafísica da superação pressuposta na função transfiguradora parodiada.
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"Tudo tinha de semelhar um social": perspectiva crítica e retórica justificadora no narrador de
Grande sertão: veredas
Danielle Corpas
Terceira Margem, v. 9, n. 12, 2005
p. 91-103
Desde a década de 1990, os estudos sobre Grande sertão: veredas que levam em conta a história social e política brasileira partem eminentemente da análise de personagens e cenas do romance como alegorias de processos vividos no país. Este artigo retoma as formulações de Antonio Candido sobre o livro para ressaltar a potência crítica de um viés interpretativo que, trazendo para o centro da reflexão a expressão do narrador, põe em discussão leis mentais e sociais que tiveram e ainda têm vigor no Brasil.
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Transcendência do regional e modo de ser jagunço: observações de Antonio Candido sobre Grande Sertão: Veredas
Danielle Corpas
Itinerários, n. 25, 2007
p. 65-85
O artigo procura assinalar duas das principais contribuições de Antonio Candido para uma discussão que recaia, ao mesmo tempo, sobre a forma do romance Grande sertão: veredas e sobre formas políticas e sociais marcantes na história do país.
Palavras-chave do autor:
Antonio Candido
|
Grande sertão: veredas
|
João Guimarães Rosa
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"La claridad es un deber": Antonio Candido e o superregionalismo de Guimarães Rosa
Everton Luis Teixeira
Todas as Musas, v. 10, n. 1, 2018
p. 31-38
À guisa de homenagem pelo centenário de Antonio Candido e o 110º. aniversário de Guimarães Rosa, este artigo, por meio de uma pesquisa bibliográfica busca examinar o romance Grande sertão: veredas (1956) baseado na leitura forjada pelo professor e ensaísta Antonio Candido, o qual adentra o complexo e universalizante regionalismo rosiano, demandando compreendê-lo por meio de um método de análise complexo e composto por diversas matrizes teóricas: a saber, o autointitulado redução estrutural.
Palavras-chave do autor:
Antonio Candido
|
Grande sertão: veredas
|
Guimarães Rosa
|
redução estrutural
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Três leituras de
Sagarana
Sílvio Augusto de Oliveira Holanda
Moara, n. 2, 1995
p. 53-64
Explicitando, em linhas gerais, o projeto de pesquisa que tentaremos realizar, diremos que este se desdobra em duas partes: 1) Discussão de um dada corrente de crítica: a Estética da Recepção; contribuição à historia recepcional de João Guimarães Rosa. Percebe-se inclusive pelas palavras utilizadas, que as duas partes se unificam em torno de um objetivo comum: ressaltar o papel, simultaneamente do leitor e da história na análise e interpretação críticas.
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Antonio Candido e o pioneirismo na crítica rosiana
Maria Célia de Moraes Leonel
Via Atlântica, n. 35, 2019
p. 235-252
Propomos demonstrar que as principais possibilidades de abordagem da obra de Guimarães Rosa foram, pioneiramente, traçadas ou levantadas por Antonio Candido. Para tanto, tomamos como base dois textos seminais sobre Grande sertão: veredas: “O homem dos avessos” e “Jagunços mineiros de Cláudio a Guimarães Rosa”. Nesses e em outros ensaios e resenhas, o crítico traz as ideias que têm balizado os estudos sobre Guimarães Rosa. Embora Antonio Candido seja considerado como o fundador da vertente crítica sócio-histórica da obra do escritor mineiro, consideramos que outras abordagens como a metafísica, a mítica, a linguística, a psicanalítica têm também seu nascedouro nos seus textos.
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Os de lá e os de cá: aproximações entre dois Antonios
Berilo Luigi Deiró Nosella
Kalíope, v. 2, n. 3, 2006
p. 52
O presente texto trata, a partir de uma analise comparativa entre o pensamento crítico de Antonio Gramsci e Antonio Candido, das relações de tensão dialética entre o Regional e o Universal no processo de Formação de uma Literatura Moderna Nacional Italiana, na obra de Luigi Pirandello, e os paralelos deste mesmo processo de Formação na Literatura Brasileira, na obra de Guimarães Rosa.
Palavras-chave do autor:
crítica literária
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Literatura Moderna Brasileira
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Literatura Moderna Italiana
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Modernismo
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Teoria Literária
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A dimensão regional na literatura e sua importância para o pensamento social brasileiro
Renata Santos Rente
Sinais, v. 22, n. 2, 2018
p. 129-140
Superando o otimismo patriótico da condição de “país novo” que produziu uma “consciência amena do atraso”, o romance social das décadas de 1930 e 1940, com destaque para as obras de cunho regional, assumiu um tom de denúncia que, segundo Antonio Candido, precedeu “a tomada de consciência dos economistas e políticos”. Ainda segundo o crítico, não obstante os melhores produtos da ficção brasileira tenham sido urbanos – pois que desprovidos da atitude pitoresca e da ênfase na cor local –, a realidade econômica do subdesenvolvimento “manteria a dimensão regional como objeto vivo”. O realismo social que se esboça em particular no assim chamado “romance do nordeste”, é momento importante que assinala as transformações no tratamento da matéria social brasileira na literatura. Nesse artigo, em diálogo com o texto “Literatura e subdesenvolvimento” de Antonio Candido apresentamos alguns apontamentos acerca do modo como a literatura de cunho regional, em particular de autores como Graciliano Ramos e Guimarães Rosa expõem a relação contraditória entre atrasado e moderno de modo a oferecer uma perspectiva crítica em relação ao progresso e à formação nacional.
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A dupla face de um crítico: notas sobre "O homem dos avessos", de Antonio Candido
Yudith Rosenbaum
Literatura e Sociedade, v. 24, n. 30, 2019
p. 120-126
A partir do ensaio “O homem dos avessos”, em que Antonio Candido analisa a obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, pretendo mostrar o que chamo de dupla navegação do ensaísta no modo de compor a análise. Trata-se de desentranhar do caminho analítico justamente o movimento duplo e ambíguo que Candido surpreende no autor mineiro, qual seja, a oscilação entre os passos enraizados no realismo, herdeiro da vertente crítica dos anos 30, e o voo inventivo e criativo que singulariza escritor e crítico. Selecionando passagens notáveis do ensaio, busco examinar essa dupla flutuação como procedimento crítico analógico à temática estudada por Candido.
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Candido, leitor de Rosa: crítica e crítica (do) por vir
Claudia Campos Soares
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Sérgio Luiz Prado Bellei
Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 13, n. 18, 2011
p. 97-114
As leituras feitas por Antonio Candido da obra de Guimarães Rosa, valiosas tanto pela complexidade de sua visão analítica como pelo seu poder de disseminação de uma linha de entendimento a ser expandida pelos seus discípulos, têm ainda o mérito de deixar entrever, no caso específico da obra do ficcionista mineiro, a necessidade de uma multiplicidade de interpretações, capazes de melhor dar conta da riqueza e da complexidade dos textos. O trabalho pioneiro do autor de "O homem dos avessos" abriu caminho para leituras de cunho sociológico e metafísico. Em seu tempo, estas foram complementadas por estudos que vincularam a obra de Guimarães Rosa a contextos de modernidade não necessariamente brasileiros. O presente ensaio lança um olhar crítico sobre essas vertentes e reflete sobre possíveis desdobramentos críticos e teóricos no futuro.
Palavras-chave do autor:
abordagens textuais
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Antonio Candido
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Guimarães Rosa
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Antonio Candido e o supra-regionalismo rosiano ou o social e o literário como fios de um tecido inestrincável
Elissandro Lopes de Araújo
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Everton Luís Faria Teixeira
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Sílvio Augusto de Oliveira Holanda
Revista Cerrados, v. 18, n. 28, 2009
p. 157-181
Propõe-se um exame da ficção de Guimarães Rosa por meio das contribuições teórico-metodológicas legadas por sua recepção crítica. Com a sua formulação do conceito de supra-regionalismo, Antonio Candido denota a simultânea ruptura que faz a criação rosiana, primeiro com o sertão factual, depois com a temática regional da Literatura Brasileira, tendência estética historicamente marcada pelo exótico e pictórico. Por fim, o artigo ressaltará, sob a ótica da Estética da Recepção, a importância do leitor para a (res)significação da narrativa ficcional.
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