JOÃO GUIMARÃES ROSA
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O imaginário afro-brasileiro de João Guimarães Rosa em "São Marcos" e "Corpo fechado"
Cristiano Santos Araújo
Paralellus, v. 5, n. 10, 2014
p. 299-312
Este artigo tem por objeto dois contos do livro Sagarana, o primeiro é São Marcos, e o segundo, Corpo Fechado. Nosso objetivo é analisar o imaginário afro-brasileiro de João Guimarães Rosa, mineiro do sertão de Cordisburgo. Na análise das obras, serão utilizados os referenciais teóricos que dizem respeito às estruturas do imaginário, às conceituações de magia brasileira nas ambiências dialógicas entre o dito e o feito, mas também na tradição histórica da temática de ritual e feitiço a partir dos clássicos, Claude Lévi-Strauss e Marcel Mauss, assim como os contemporâneos Bronislaw Malinowski e Yvonne Maggie. Nosso desafio é analisar o imaginário afro-brasileiro em seus usos da reza, magia e feitiços, retratados ficcionalmente por Guimarães Rosa nos contos São Marcos e Corpo Fechado, ambos formam um breve retrato de nossa afro-brasilidade, e uma oportuna leitura da cultura e religiosidade popular no sertão mineiro e brasileiro.
Palavras-chave do autor:
Afro-brasilidade
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ANTROPOLOGIA
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Guimarães Rosa
|
imaginário
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2/8
O sertão em cena:
A hora e a vez de augusto matraga
(1965), de Roberto Santos
Marcos da Silva Coimbra
Revista Crioula, n. 7, 2010
O PRESENTE ESTUDO SE UTILIZA DA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA FEITA POR ROBERTO SANTOS DO CONTO “A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA”, DE GUIMARÃES ROSA, PARA REFLETIR SOBRE QUESTÕES LIGADAS NÃO SOMENTE ÀS RELAÇÕES INTERSEMIÓTICAS QUE DECORREM DE TAL EMPREITADA, MAS TAMBÉM PARA SUSCITAR QUESTÕES PRÓPRIAS À CONDIÇÃO DAS ARTES CINEMATOGRÁFICA E LITERÁRIA, REFLETINDO SOBRE A FORMA COMO ESSAS ARTES SE PRESENTIFICAM NO MUNDO E SOBRE A CONDIÇÃO DE SEUS RESPECTIVOS RECEPTORES, O ESPECTADOR E O LEITOR.
Palavras-chave do autor:
Adaptação
|
cinema
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imaginário
|
literatura
|
verossimilhança
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3/8
A complexidade do imaginário de "A hora e a vez de Augusto Matraga" de João Guimarães Rosa: o herói que foi pro céu a porrete
Antonio Rediver Guizzo
Nonada, v. 2, n. 29, 2017
p. 53-75
O objetivo deste artigo é analisar o conto A hora e a Vez de Augusto Matraga a partir dos aportes teóricos propostos por Gilbert Durand na obra As estruturas Antropológicas do Imaginário (2002). Nossa proposta de leitura consiste em demonstrar que o protagonista Augusto Matraga insere-se dentro do arquétipo do herói solar da representação diurna do imaginário, enquanto o encadeamento narrativo estabelece-se na estrutura rítmica/dramática do imaginário noturno.
Palavras-chave do autor:
Augusto Matraga
|
imaginário
|
João Guimarães Rosa
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Mire e veja: (des)nascimento do sujeito nas tramas do texto literário: uma leitura do conto "O espelho", de Guimarães Rosa
Vinícius Lourenço Linhares
Revista Primeira Escrita, n. 2, 2015
p. 105-120
Este trabalho tem como objetivo ler o conto O espelho, de Guimarães Rosa (2005), focalizando a questão do imaginário, em termos psicanalíticos, em sua relação com a construção enunciativa do texto, que sugere o nascimento de um novo e outro sujeito. Para tanto, foram utilizados aportes teóricos oriundos da teoria da enunciação a partir de Benveniste (1989), assim como categorias de constituição do sujeito pelo viés da psicanálise, a saber: o real, o simbólico e o imaginário a partir de Fages (1971). O intuito do trabalho é uma leitura de caráter crítico e, por isso, entrelaçaram-se fundamentações teóricas e a prática analítica do conto.
Palavras-chave do autor:
Enunciação
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imaginário
|
sujeito
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Etnografando o sertão-mundo de João Guimarães Rosa (Antropologia e Literatura em Grande sertão: veredas)
Maria Dione Carvalho de MORAES
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Patrícia Carvalho OLIVA
Anais do SILEL, v. 3, n. 1, 2013
p. 1-18
O ponto de partida é o discurso literário como objeto de interesse antropológico e tomado não como imitação mas como metáforas da vida. Este discurso é aqui considerado como tendo uma estética própria, e cuja textualidade, na perspectiva da crítica pós-moderna à ciência, não é estranha ao texto etnográfico. Neste artigo, objetivamos pensar sobre convergências entre literatura e antropologia, em especial, na obra “Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa, buscando delinear dimensões de um encontro/confronto de instrumentos e possibilidades de novas ferramentas de conhecimento. Neste sentido, tomamos a escrita rosiana como posicionamento intelectual literário mas também, à moda etnográfica, como um modo de interpretar e narrar processos, atores, ambientes, de um sertão-mundo, ao mesmo tempo, como representações e para além delas. A hipótese central, em si mesma, expressão da abordagem teórico-metodológica, é que os caminhos rosianos percorridos nesta construção literária abrem-se a articulações com perspectivas e aspirações da pesquisa antropológica. Em especial, de uma antropologia do imaginário, com foco na memória e em narrativas orais, com centralidade no narrador e nos cambiantes sentidos agenciados, atravessados por múltiplas “veredas”. Como resultado, em linhas gerais, podemos dizer que a obra rosiana e a antropologia apresentam instrumental analítico, retórico, e metodológico, como ferramentas heurísticas articuláveis e convergentes no trabalho de apreensão do imaginário social de sertão.
Palavras-chave do autor:
ANTROPOLOGIA
|
Guimarães Rosa
|
imaginário
|
literatura
|
Sertão
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6/8
A ficção literária como antropologia especulativa
Maria Rosa Duarte de Oliveira
Revista da Anpoll, v. 1, n. 28, 2010
p. 195-212
A partir dos pressupostos teóricos sobre a natureza do ficcional à luz de pensadores diversos como Wolfgang Iser, Huizinga, Zumthor e Juan José Saer, procuraremos refletir sobre o ficcional-literário a partir de seus fundamentos antropológicos, seja a plasticidade e o jogo (Iser, Huizinga), seja a voz (Zumthor) ou a especulação entre realidade-irrealidade (Saer), para, num segundo momento, podermos confrontar esses pressupostos teóricos com a configuração do efeito estético em duas narrativas de dois dos maiores escritores brasileiros: Machado de Assis e Guimarães Rosa.
Palavras-chave do autor:
antropologia especulativa
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efeito estético
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Ficção
|
imaginário
|
realidade
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História, estórias e memórias mineiras em Guimarães Rosa
Francis Paulina Lopes da Silva
Scripta, v. 9, n. 17, 2005
p. 130-139
Leitura de aspectos da cultura popular, presentes no processo de construção ficcional de Guimarães Rosa, o “contista de contos críticos”, que confessara: "Não preciso inventar contos, eles vêm até mim”. Pela alquimia da palavra em seu estado primitivo, a fusão do real e ficcional com o obsessiva defesa de que "a legítima literatura deve ser vida". A multiplicação do imaginário rural mineiro na narrativa rosiana, especificamente, em contos de Tutaméia e Ave, Palavra. Historia e estória no cotidiano do povo do sertão mineiro. Pelo jogo da memória narrativa popular, a construção da identidade cultural sertaneja e a recriação do mito: "No sertão, o homem é o eu que ainda não encontrou o tu: por isso ali os anjos ou o diabo ainda manuseiam a língua".
Palavras-chave do autor:
cultura popular
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Ficção
|
Guimarães Rosa
|
imaginário
|
memória
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8/8
"Rebimba, o bom”: duas memórias e um retorno ao imaginário na linguagem dos chistes
Regina da Costa da Silveira
Nonada, v. 17, n. 2, 2011
p. 171-182
Examinar o conto “Rebimba, o bom”, de Guimarães Rosa, em suas imagens, ritos de iniciação e passagens de luto e de melancolia é propósito deste ensaio. Como um roteiro para a compreensão do imaginário na formação da identidade do sujeito, o texto rosiano apresenta imagens insólitas. É o caso de Rebimba, fantasia recalcada e, ao mesmo tempo, realçada pela repetição das memórias nos diferentes estágios da vida do protagonista anônimo: uma interpretação possível que dribla com os jogos da linguagem própria dos chistes que ora se mostram, ora também se escondem na complexidade de suas formas e sentidos.
Palavras-chave do autor:
Chistes
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imaginário
|
memória
|
repetição
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