A língua, na perspectiva de João Guimarães Rosa, é uma marca que se imprime de maneira part icular em cada sujeito falante e que se presta a um uso singular. As palavras, pois, se prestam a um uso de comunicação e veiculam um sentido, mas igualmente resistem ao próprio sentido. O próprio Guimarães Rosa demonstra isso em sua obra literária ao criar uma língua própria, formada por neologismos, aglutinações de palavras, sentidos conferidos pela homofonia e por sons que são próprios da vida e da fauna sertanejas. Há um ilegível que atravessa e insiste em todos os seus escritos, um ponto que res iste a toda e qualquer tentativa de decifração e tradução. A partir das noções expostas, busca-se abordar as concepções linguísticas e literárias de Guimarães Rosa a partir da psicanálise, se utilizando das concepções de linguagem e escrita próprias do último ensino de Lacan. O objet ivo é fornecer uma reflexão mais profunda sobre os limites para a tradução que o texto de Rosa impõe e seus desafios interpretativos.
A língua, na perspectiva de João Guimarães Rosa, é uma marca que se imprime de maneira particular em cada sujeito falante e que se presta a um uso singular. As palavras, pois, se prestam a um uso de comunicação e veiculam um sentido, mas igualmente resistem ao próprio sentido. O próprio Guimarães Rosa demonstra isso em sua obra literária ao criar uma língua própria, formada por neologismos, aglutinações de palavras, sentidos conferidos pela homofonia e por sons que são próprios da vida e da fauna sertanejas. Há um ilegível que atravessa e insiste em todos os seus escritos, um ponto que resiste a toda e qualquer tentativa de decifração. A partir das noções expostas, busca-se abordar as concepções linguísticas e literárias de Guimarães Rosa a partir da Psicanálise, se utilizando das concepções de linguagem e escrita próprias do último ensino de Lacan.