Este estudo aponta para a existência de um elo profundo de ligação entre os contos "As Margens da Alegria’", "Os Cimos" - contos-moldura de Primeiras Estórias - e "Nenhum, Nenhuma". Essas narrativas são tecidas pelas mãos de um narrador que se defronta com a experiência da morte - não só da morte física, mas a do esquecimento, a das perdas afetivas - e do lento devorar do tempo, que vai consumindo o passado, a memória, que esse contador de estórias tenta resgatar. Ele configura sua travessia, em busca de seu próprio eu, por meio da linguagem, da memória, da tensão entre passado, presente e futuro, com a conseqüente fusão desses tempos, e da mímesis enquanto aprendizado de vida e de morte.