A tensão existente entre duas naturezas é componente simbólico dos tipos
humanos elaborados por Machado de Assis e João Guimarães Rosa, nas narrativas
recolhidos para esta leitura. O artigo analisa a constituição dos protagonistas dos
contos machadianos, O espelho (1882) e A causa secreta (1885), em diálogo com as
formas breves de Guimarães Rosa, A terceira margem do rio e O espelho, presentes
nas Primeiras Estórias, de 1964. A problemática se instala quando os protagonistas
em necessidade vital da imagem de si pelo olhar do outro, optam por se fixarem no
entre-lugar do discurso, num plano cuja não-existência é iminente.