O método clínico, como acentua Manoel T. Berlinck, é resultado de uma certa posição de passividade; daí a denominação de “atenção flutuante” na escuta psicanalítica proposta por Freud. Trata-se do preenchimento de um vazio que é ocupado por uma representação, ou seja, por algo cuja existência é ausente, ainda estando presente. A observação envolve a tríade RSI (Real/Simbólico/Imaginário) de J. Lacan e inclui o sem sentido, o estranho, o Umheimlich freudiano. Partimos dos conceitos de Natureza (Sertão/Sertanejo) e Observação para a interpretação das representações dos jagunços inscritas nas narrativas e nos neologismos pesquisados amorosamente por Rosa. O objetivo é refletir sobre uma ética inscrita na sustentação do desejo, a despeito das surpresas da contingência e dos labirintos que a vida nos impõe percorrer.