Este trabalho pretende analisar a comicidade em 'Grande sertão: veredas', de Guimarães Rosa, por meio do instrumental teórico desenvolvido por Bergson (2007) -- comicidade de palavras e de situações -- e por Freud (1977) -- os chistes cômicos. Assim, objetivamos trazer à lume a ambivalência funcional do cômico, a saber, reprimir ao mesmo tempo em que revela algo. Para além da evidenciação do papel da comicidade, suscitamos um debate crítico com base nas discussões foucaultianas acerca do papel da obra literária como portadora de uma verdade no seio social.