Em entrevista feita a Guimarães Rosa, publicada sob o título de "Diálogo com Guimarães Rosa", Günter Lorenz relata a anedota de um tradutor, que, para se recomendar a um editor, declara "dominar certa quantidade de línguas vivas e mortas, inclusive a de Guimarães Rosa". E complementa: "Sua linguagem, sem dúvida, é algo único, algo onde se pode cair e quebrar os dentes; mas, principalmente por causa dela, depois de ler seus livros, a gente acredita ter descoberto um mundo completamente novo". Partindo de um exame do processo de desconstrução da linguagem empreendido por Guimarães Rosa ao longo de toda a sua obra, que lança por terra tudo o que se apresenta cristalizado pelo hábito e instituído como verdade inquestionável, este texto é uma reflexão sobre o caráter singular da linguagem rosiana e sobre o desafio que esta singularidade e riqueza de expressão têm constituído para todos aqueles que se aventuram à árdua tarefa de traduzi-la.
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