Com o presente artigo buscamos mostrar como se dá a construção da cena do funeral do personagem Cara-de-Bronze no filme Sagarana: o duelo (1973), de Paulo Thiago, inspirado no conto Duelo que integra a obra Sagarana (1946) de Guimarães Rosa. A adaptação livre do cineasta dialoga com outros textos do escritor. Nosso intuito é mostrar de que maneira o cineasta transcende o documental, conferindo poeticidade à representação da travessia na cena destacada. Para a análise da mesma, focalizamos dois vocábulos-chave que aparecem em ambas as produções, viagem e travessia, explicando-os a partir dos elementos disseminados pela obra do próprio Guimarães Rosa e de estudiosos de sua literatura como Manuel Cavalcanti Proença, Benedito Nunes, Dante Moreira Leite e Antonio Candido.
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