A visão daqueles que vivem à margem em termos social e cultural é reconhecidamente um dos aspectos mais representativos da obra de João Guimarães Rosa. Nesse esforço de dar voz aos “ex-cêntricos”, a criança e o sertanejo personificam um raciocínio totalmente distinto de uma assimilação cartesiana da realidade, raciocínio este tão caro à estética e ao pensamento rosianos. O presente texto tem por objetivo observar a forma como essas duas visões marginais convergem na figura de Miguilim, de Campo geral, ressaltando a importância que o ato de narrar adquire no processo de percepção e interação desse personagem com o mundo que o cerca.
Atenção! Este site não hospeda os textos integrais dos registros bibliográficos aqui referenciados. Para alguns deles, no entanto, acrescentamos a opção "Visualizar/Download", que remete aos sites oficiais em que eles estão disponibilizados.