O "Grão da escritura", segundo Roland Barthes, e a noção de fidelidade na adaptação de "Os irmãos Dagobé" em "A terceira margem do rio" e "Outras histórias"
Em “O Prazer do Texto”, Roland Barthes elege ‘uma certa arte da melodia’ como ‘estética do prazer
textual’ e atribui ao cinema a capacidade de resgatá-la em sua melhor ‘performance’. ‘A escritura
em voz alta’, identificada por Barthes, será analisada nas adaptações de “Os Irmãos Dagobé”,
de Guimarães Rosa, em “A Terceira Margem do Rio”, de Nelson Pereira dos Santos, e “Outras
Estórias”, de Pedro Bial. A obra de Rosa, basicamente auditiva, que não prega a continuidade
e que faz da linguagem ‘o espetáculo’, encontra ressonância nestes filmes? A noção de fidelidade
ao original, abordada a partir de paradigmas que consideram as especificidades de cada meio, será
o mote para desmistificar preconceitos sobre a relação entre literatura e cinema. Afinal, o texto
literário pode ser atualizado e/ou melhorado por uma ‘transubstanciação’ audiovisual?
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