As obras de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, dentre outros temas, problematizam de maneira muito intensa a constante busca do ser humano pela sua essência em contraponto com o massacrante cotidiano da vida. Dentre muitas possíveis, há duas questões pertinentes que emergem das trajetórias dos personagens claricianos e rosianos: O que há de universal em cada indivíduo? Como podemos obter a individualidade numa sociedade massificada? Em suma, tentamos apreender como cada autor persegue a essência e a constituição do sujeito através da experiência de vida construída na teia ficcional. Com isso, nos permitem identificar a violência praticada contra o indivíduo pela coletividade na qual está inserido. A sociedade pode ser opressora em todos os seus âmbitos, inclusive no familiar; e é isso o que se observará na análise de “Os laços de família” e “Os irmãos Dagobé”, nos quais também, amparados em aparato crítico, buscamos identificar as soluções encontradas pelos personagens claricianos e rosianos para constituírem-se como sujeitos de sua existência.
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