Este trabalho pretende, numa perspectiva dialógica, mostrar como as narrativas africanas
reverberam-se nas histórias brasileiras, propondo um diálogo criativo e dinâmico na literatura. No
percurso do estudo procuramos identificar nos contos traços expressivos deste diálogo, tais como a
presença da ancestralidade, a marca da oralidade – mitos, provérbios, lendas, fábulas – a criação de
neologismos, enfim, uma rica representação da realidade criada pelos escritores. Para ilustrar esta
confluência, escolhemos em especial o conto “Presepe” do livro Tutaméia, de João Guimarães Rosa e
“Noventa e três” de Estórias Abensonhadas do moçambicano Mia Couto. Vale ressaltar que a
pretensão deste trabalho, além de estabelecer aproximações no discurso oral das narrativas dos dois
autores, é também de contribuir para os estudos da produção literária brasileira em diálogo com as
literaturas africanas de língua portuguesa.
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