Zingaresca, última das Terceiras estórias, começa com Z e termina com A, fechando e reabrindo a antiperipléia desse nada que é tudo. Mais um dos inúmeros jogos formais que constituem Tutaméia, único livro de João Guimarães Rosa publicado após 64. Mas Zingaresca não é apenas o livro às avessas, com seu índice de releitura. É também o mundo às avessas: o padre fugido com os ciganos; a adúltera sovando o marido a cacete (“Só assim o povo tem divertimento”, segundo o preto Mozart). Difícil evitar o termo carnavalização. Além disso, trata-se do movimento final, em que o reaparecimento de várias personagens manifesta como nunca a existência de um espaço textual comum para as estórias de Tutaméia, ao mesmo tempo em que o marca com o selo da desordenância, da tensão (gerada pelo encontro de ciganos, boiadeiros, o proprietário e sua mulher), da loucura (dos ciganos, diz-nos outra estória, O outro ou o outro: “Loucos, a ponto de quererem juntas a liberdade e a felicidade”), do deslocamento, da a
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