Neste artigo serão postas em diálogo as áreas literária e filosófica a partir do conto de Guimarães Rosa, O espelho e o pensamento do filósofo Martin Heidegger, mais precisamente no que tange às questões relativas à revelação e transformação do homem. No referido conto, apresentam-se pontos que coadunam com a vertente proposta por Heidegger, a saber, de que os conceitos não conseguem dar conta não apenas das questões, mas também da visão do homem sobre si mesmo, permeada de ilusórias perspectivas. Objetiva-se demonstrar que o homem afastou-se das questões que o cercam e permeiam o mundo, na tentativa de suprimir o incômodo gerado pela indefinição de si.
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