Este artigo analisa as relações de indeterminação entre espaços e língua, tendo como pano de fundo os usos do termo schibboleth no contexto da tradição literária judaica e do pensamento germânico-judaico moderno. A partir da obra de Paul Celan, examina-se a palavra nos espaços de fronteira e ambivalência, a fim de se trabalhar a poética do limiar e, num breve excerto, dialogar com o conto “Famigerado”, de Guimarães Rosa, e sua forma de lidar com a ambiguidade da palavra. Percorrendo essa trajetória da relação entre literatura e espaços de indeterminação, chega-se ao contexto da linguagem digital para considerar algumas implicações da escrita no ciberespaço.
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