Pesquisas em acervos onde se encontram textos produzidos por João Cabral de
Melo Neto e João Guimarães Rosa revelam a existência de importantes
articulações entre o posicionamento dos escritores-diplomatas em relação aos
parâmetros técnico-científicos da modernidade hegemônica. Os autores
questionam o empreendimento moderno, no que tange à mecanização
racionalista do mundo, à destruição da natureza e à visão do humano como
“homemmáquina”. Estudos em arquivos literários contribuem para uma maior
percepção a respeito do lugar ocupado pelo poeta e pelo escritor na
configuração da paisagem intelectual de meados do século XX. Ofícios,
diários, cartas, entrevistas encontrados em acervos revelam interseções entre o
caráter estético e ético da escritura e alargam a noção do objeto literário. O
homem comum mostra-se capaz de desestabilizar dispositivos do controle e de
propor espaços mais libertos de existência.
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