A música na obra de João Guimarães Rosa assume os mais diversos sentidos. Música ligada à memória e ao esquecimento, como aparece no Grande sertão: veredas; música oracular de Laudelim (Recado do Morro /Corpo de Baile) e de Siruiz (Grande sertão: veredas); como redenção para o corpo e para o espírito que cura Miguilim de sua tristeza e Cara-de-Bronze de sua solidão (Corpo de Baile); música como forma de linguagem em seu mais alto grau de abstração na expressão não do particular, do fenômeno, mas de sua quintessência (“O que a música diz é a impossibilidade de haver mundo, coisas”, diz o narrador de O Palhaço da Boca Verde/Tutaméia); entorpecimento e lucidez, a cantiga amalucada das mãe e filha de Sorôco (Primeiras estórias) inaugura um novo modo de sentir, mais generoso e fraterno. Este artigo versa sobre os resultados de uma pesquisa desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação (no mestrado e doutorado) da Professora Olga de Sá nas áreas de Semiótica e de Literatura acerca das situações envolvendo música na obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa.
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