O presente artigo tem como objetivo apresentar uma pequena análise sobre o conto “Meu tio o Iauaretê”, conto incluído no volume Estas estórias, de Guimarães Rosa, publicado em 1969. Para tanto, observou-se a metamorfose do personagem, elemento muito recorrente nas narrativas míticas. A metamorfose homem-animal percorre o texto, o onceiro como branco incide contra os valores da religião judaico-cristã; como índio, defende alguns valores do mundo branco e, como animal, entra em confronto com a sua natureza humana. A situação de conflito permeia o texto, que se expressa por meio do monólogo-diálogo, indo da palavra para a não palavra. Guimarães Rosa, nesse conto, atinge o auge do seu experimento com a prosa.
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