O presente trabalho apresenta como proposta uma reflexão acerca das manifestações da temporalidade poética no tédio, na memória, no esquecimento, na impermanência e na finitude em produções literárias, com maior relevo para diálogos com textos de Guimarães Rosa e de Fernando Pessoa. Nossa investigação econtra eco em escritos de grande relevância para o pensamento, como as reflexões engendradas por Heidegger, Octavio Paz e Bachelard que, de forma direta ou tangencial, tematizam o tempo como questão inquietante. Em busca do tempo poético, ou seja, de um tempo que foge ao encarceramento às engrenagens de um relógio, ou a qualquer outro meditor temporal, um tempo que não se rende à triádica divisão clássica - passado presente e futuro - intentamos corporificar nossa hipótese de pesquisa com diálogos que perfazem a travessia por outros campos do conhecimento que não se limitam à literatura, mas que podem ser pensados sob o olhar da literatura, a saber, a filosofia, a física e a mística oriental. Ao pensar o tempo poético, ainda objetivamos refletir de que maneira essa temporalidade pode se configurar como uma medida para nossa prática de ensinantes de literatura.
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