Na obra de Guimarães Rosa, encontramos uma linguagem flutuante, em que os signos são intercambiáveis e tudo é e não é, ao mesmo tempo.Partindo desse princípio, os elementos da narrativa não podem ser lidos como elementos estanques, é preciso atentar para as novas e inesperadas dimensões que se abrem a cada página. Entre essas, a apresentação do amor é analisada como forma “misturada”, em que cabem todas as mulheres amadas. Para tanto, o autor resgata o feminino como valor positivo e o próprio amor, como “signo e sentimento” que não pode ser limitado pela desordem da realidade empírica, mas encontra seu espaço na linguagem onde tudo é possível. A leitura da relação amorosa entre Riobaldo e Diadorim é uma possibilidade de descortinar a leitura do“mundo movente” e o questionamento do homem e da própria narrativa.
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