O artigo propõe uma leitura do personagem Riobaldo à luz de alguns conceitos da filosofia existencialista sartreana. Na imensa fortuna crítica do romance Grande sertão: veredas, há inúmeros estudos que partem de perspectivas filosóficas variadas, no entanto o Existencialismo tem ficado em segundo plano. A partir de considerações acerca da conduta do narrador em relação ao amor, ao medo e à coragem, e amparados sobretudo em reflexões de Antonio Candido e Willi Bolle, concluímos ser pertinente afirmar que Guimarães Rosa elabora a tomada de consciência de Riobaldo tendo em mira noções existencialistas, ademais contemporâneas da produção e publicação do romance, em 1956.
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