A partir dos textos e correspondências de dois escritores considerados transculturadores da literatura latino-americana, José María Arguedas e João Guimarães Rosa (Rama, 1989), este texto busca refletir sobre os abismos que aparecem na tradução de obras literárias entre o português brasileiro e o castelhano, em sjua variante andina. Partindo das notas de Julio Prieto (2010) e Sanchez Baena (2008), a pergunta sobre o estilo na obra dos dois escritores aparece entrecortada por um agudo sentido da oralidade com a qual eles escreveram seus textos, oralidade que a tradução procurou recuperar nas línguas de chegada. O exame minucioso das estratégias usadas por eles para pensar na tradução revela, além de outras dimensões dos procesos criativos de ambos, alguns conceitos essenciais ao trabalho tradutor, como a relação original e cópia, bem como a fidelidade e originalidade dos textos de partida.
Atenção! Este site não hospeda os textos integrais dos registros bibliográficos aqui referenciados. Para alguns deles, no entanto, acrescentamos a opção "Visualizar/Download", que remete aos sites oficiais em que eles estão disponibilizados.