Este artículo plantea que Augusto Roa Bastos, João Guimarães Rosa, Juan Rulfo y José María Arguedas compartieron el esfuerzo de hacer audible la voz “iletrada” de miembros de culturas rurales e indígenas, e igualmente compartieron la experiencia de la imposibilidad de esta tarea. Elartículo termina indagando por lo que quedódel esfuerzo mencionado.
A partir dos textos e correspondências de dois escritores considerados transculturadores da literatura latino-americana, José María Arguedas e João Guimarães Rosa (Rama, 1989), este texto busca refletir sobre os abismos que aparecem na tradução de obras literárias entre o português brasileiro e o castelhano, em sjua variante andina. Partindo das notas de Julio Prieto (2010) e Sanchez Baena (2008), a pergunta sobre o estilo na obra dos dois escritores aparece entrecortada por um agudo sentido da oralidade com a qual eles escreveram seus textos, oralidade que a tradução procurou recuperar nas línguas de chegada. O exame minucioso das estratégias usadas por eles para pensar na tradução revela, além de outras dimensões dos procesos criativos de ambos, alguns conceitos essenciais ao trabalho tradutor, como a relação original e cópia, bem como a fidelidade e originalidade dos textos de partida.
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Teoria Literária e Literatura Comparada
Neste trabalho, proponho-me examinar a obra de Jõao Guimarães Rosa (principalmente Grande Sertão: Veredas e alguns contos) em relação com as obras mais reconhecidas de outros escritores junto com os quais conformaria o grupo que José María Arguedas denomina escritores provincianos: Juan Rulfo, o próprio Arguedas e, embora menos próximo a eles, García Márquez. Além destes autores, examino sua relação com Augusto Roa Bastos, autor que a crítica posterior a Arguedas inclui entre os provincianos. Analisa-se por que estes escritores se apresentam como humildes camponeses, vaqueiros ou índios que não gostam dos intelectuais e escrevem obras que parecem narradas por um membro das culturas fundamentalmente orais de suas regiões de origem. Aponta-se que o objetivo dos provincianos é fazer surgir a província no literário em uma escrita que tem como destino a cidade, em resposta aos processos de modernização que parecem condená-la a desaparecer. Avalia-se o que fica dessa resposta, sugerindo-se que pode ser uma ruína. Na análise sobre a proposta narrativa dos provincianos são consideradas diferentes interpretações dedicadas a esse tema, desde os estudos clássicos de Ángel Rama e Antonio Candido até alguns textos que questionaram esses estudos, como os de Alberto Moreiras e Idelber Avelar.
Realizar un estudio comparativo de las obras literarias, Los ríos profundos de José María Arguedas (1958) y El Gran Sertón: Veredas de Joao Guimarães Rosa (1956); teniendo como soporte la literatura comparada que nos permitirá explicar las novelas mencionadas desde un punto de vista internacional o supranacional de tal forma que se estudiará las relaciones e intercambios entre ambas narrativas y sus respectivos rasgos regionalistas. Las novelas trabajadas, Los ríos profundos y El Gran Sertón: Veredas forman parte de nuestra literatura latinoamericana, publicadas en 1958 y 1956 respectivamente, la primera en lengua española y la segunda, en lengua portuguesa. Ambas evidencian el estilo innovador y el aporte indiscutible de ambos escritores a sus respectivas tradiciones literarias. Así, por medio de sus personajes Ernesto y Riobaldo que mantienen una búsqueda constante de sí mismos, podemos evidenciar las complejas relaciones que construyen con la naturaleza y entre sus conflictos emocionales el desarraigo con la civilización. Permite conseguir un acercamiento a la narrativa de los escritores mencionados y se enfoca, primordialmente, en un diálogo enriquecedor entre ambas narrativas, dado que este análisis ubica a las obras dentro de un contexto histórico y cultural. Por ende, evidencia encuentros y desencuentros entre ambas novelas, se cuestiona así, el entorno y la condición del ser. Por ello, la búsqueda de la identidad refleja, finalmente, el rechazo a la civilización letrada.
Esta comunicação - intitulada De sertões, rios e orientes – des(re)territorializações rizomáticas da alteridade latino-americana em Guimarães Rosa, José Maria Arguedas e Milton Hatoum - debruça-se na reflexão sobre a figuração da alteridade latino-americana nos romances Grande sertão: veredas, Os rios profundos e Relato de um certo oriente. Essas narrativas serão examinadas sob os auspícios críticos de Antonio Candido, Tania Franco Carvalhal, Silviano Santiago, Cornejo Polar, Benjamim Abdala Júnior, Angel Rama, Walter Mignolo, Marli Fantini, Luis Alberto Brandão, Myrian Ávila, Zilá Bernd, Maria Zilda Ferreira Cury, Eduardo Coutinho, Édouard Glissant, Homi Bhabha, Gilles Deleuze e Felix Guattari, Edward Said, Mary Louise Pratt e Paul Gilroy. Com o auxílio dessa sintaxe crítica, espera-se: 1) mapear os fluxos comunitários e as paisagens literárias; 2) cartografar os lugares do narrar dos romances, analisando como os narradores mediadores conectam geografias planetárias; 3) topografar as