Este artigo tem como objeto de estudo o conto: Meu tio, o Iauaretê, de Guimarães Rosa, publicado na revista Senhor de nº 25, em 1961, posteriormente modificado e republicado na coletânea Estas Estórias, em 1969. A partir do conto, este artigo se propõe a desenvolver uma análise crítico-reflexiva sobre a representação indígena na literatura de Rosa. Para construir essa análise, utilizaremos o embasamento teórico de Haroldo de Campos, Antonio Candido, Achille Mbembe, Frantz Fanon, etc. A partir dos apontamentos teóricos e da interpretação do conto, conduziremos a questão da representação indígena na obra de Guimarães Rosa, em que o corpo indígena é mediado pelas relações sociais como elemento de formação literária brasileira. Esse estudo pretende dar relevância as discussões sobre o extermínio do corpo indígena em contraposição a sobrevivência do discurso como recurso de re-existir historicamente.
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