O estudo focaliza as incongruências e instabilidades com que se constroem os temas da viagem e do amor na novela "Cara-de-bronze", de Urubuquaquá no Pinhém (Corpo de baile). Procura-se demonstrar que, elaborando ambigüidades e promessas de esclarecimentos que nunca chegam, o texto propõe ao leitor o mesmo jogo que envolve as personagens, cuja curiosidade é sempre aguçada em torno do poderoso Cara-de-bronze, agora próximo da morte, desinteres- sado de pragmatismos e poderes e interessado em poesia e suas ?engraçadas bobéias?.
Na ficção de Guimarães Rosa, a pedra surge de forma repetida e multiplicada, como imagem do relevo, como metonímia e metáfora. Neste estudo, a pedra é equiparada a um jogo, em que autor e leitor fazem um pacto. A pedra de Araçuaí, que circula no romance Grande Sertão: veredas, é um símbolo de trocas linguísticas, invenções de palavras e experiências lúdicas.