A partir dos pressupostos teóricos sobre a natureza do ficcional à luz de pensadores diversos como Wolfgang Iser, Huizinga, Zumthor e Juan José Saer, procuraremos refletir sobre o ficcional-literário a partir de seus fundamentos antropológicos, seja a plasticidade e o jogo (Iser, Huizinga), seja a voz (Zumthor) ou a especulação entre realidade-irrealidade (Saer), para, num segundo momento, podermos confrontar esses pressupostos teóricos com a configuração do efeito estético em duas narrativas de dois dos maiores escritores brasileiros: Machado de Assis e Guimarães Rosa.