O intuito deste texto é pôr em questão a persistência do ?pensamento trágico? em Grande sertão: veredas, a partir de uma reflexão sobre o estatuto essencialmente (i.e., ontologicamente) aporético da obra de João Guimarães Rosa. Romance da espera, de fato, ele se inclui por completo naquele lugar "terceiro", suspenso entre esperança e desespero, que se delineia no interior de qualquer contradição e que constitui, desde sempre, o logos da tragédia.
Este ensaio, originalmente uma monografia para a cátedra de estudo de autor da graduação em Letras da UFRGS, foi escrito sob orientação da profa. Ms. Sueli Barros Cassal e obteve conceito A desta professora. Trata-se de um ensaio sobre como Riobaldo, personagem central do romance de Guimarães Rosa, atravessa os vários estágios evolutivos da humanidade, indo da animalidade mais pura até sua descoberta do divino em si. Assim, este ensaio mostra como Rosa, através da linguagem e de passagens do romance, constitui a evolução do seu personagem. E como a Metafísica perpassa toda a obra, indo de encontro a várias teorias e filosofias espirituais através das falas e atos dos personagens.