Professores e pesquisadores do Instituto de Astronomia e Geociência e do Instituto de Matemática e Estatística pretendem juntar esforços para analisar imagens que serão captadas pelo telescópio que está sendo construído pelo IAG. O projeto pretende criar mais dados sobre o hemisfério sul e também auxiliar na comprovação de alguns modelos astrofísicos como o da matéria escura.
A idealização começou esse ano e o processo é pioneiro na USP. "As imagens geradas pelo telescópio são chamadas de multibandas" explica Nina Hirata, pesquisadora do IME. "Se você imaginar uma imagem colorida, existem três bandas, o verde, o vermelho e o azul, que combinadas dão aquela cor. No caso das imagens do telescópio, ao invés de três, são cinquenta e seis bandas". Então, além da imagem especial que será gerada, também será analisado esse espectro de cor. Isso diferencia esse projeto de outros que tratam de imagens bidimensionais.
Os algoritmos criados nesse processo estão ligados ao conceito de machine learning, em que o objetivo é criar meios para que máquinas aprendam e automatizem a análise após a inserção da entrada e da saída. No caso, a imagem gerada pelo telescópio e o que significa cada uma das segmentações dela seriam a entrada e a saída.
Atualmente não há muito envolvimento da área da computação e da estatística na astronomia e essa relação é importante não somente para a análise de dados, mas também para a validação deles. Pelo processo ser pioneiro, Nina comenta que ainda é difícil acertar a comunicação entre as áreas diferentes e definir necessidades e metas.
Há o intuito de começar a análise dos dados ano que vem com a entrada de alunos para o projeto. Atualmente, a procura pelos projetos de pesquisa não tem sido grande esse vai ser um fator determinante para o sucesso da análise as imagens quando o telescópio for terminado.