Em conjunto com o Instituto de Oceanografia (IO), a análise de imagens microscópicas coordenada pela professora Nina Hirata, do Instituto de Matemática e Estatística (IME), tem trabalhado para identificar os tipos de plânctons presentes na água de lastro de navios.
A captação de água do mar para dentro do navio é utilizada para manter a estabilidade da navegação conforme o peso na embarcação, no entanto, o recolhimento e despejo em lugares diferentes pode causar desequilíbrios ecológicos, principalmente por navios comerciais, que transitam por várias localidades.
O IO já possui ferramentas de captação de imagens para esse tipo de pesquisa, como microscópios, câmeras à laser e holográficas, no entanto, devido à quantidade de fotos e dados gerados ser muito grande, mostrou-se necessário o desenvolvimento de um método de análise massivo e mais eficiente. O projeto começou esse ano e conta com dois alunos trabalhando nas imagens.
O reconhecimento das espécies, por enquanto, tem acontecido em experimentos controlados, com a identidade dos organismos já conhecida para a criação dos algoritmos necessários. O processo se dá em duas etapas. A primeira, chamada de segmentação recorta a imagem em áreas de interesse. A segunda é a classificação do organismo através da extração de características.
"Uma vez que a imagem foi recortada, é possível calcular dados como forma, tamanho, se tem antena, se é alongado, redondo, achatado, cor e textura" Explica Nina. "Esse tipo de informação pode ser calculada através da imagem pela classificação".
Algumas dificuldades apresentadas no projeto é a dificuldade de se manter um padrão na captação das imagens. A utilização de máquinas diferentes em ambientes diferentes pode fazer com que tenha que se calcular novamente todos os algoritmos. Posteriormente, Nina pretende automatizar esse processo também para que o próprio computador ache o mapeamento para cada situação.