O ramo da computação ubíqua prevê que o poder computacional esteja sempre presente no cotidiano do ser humano, de forma que máquinas percam suas fisionomias típicas e integrem ao ambiente de maneira interativa. A máquina computacional, portanto, tornar-se-ia imperceptível, adquirindo interfaces e designs inovadores. Nesse sentido, surgem as superfícies interativas, projetos com o objetivo de facilitar o cotidiano através de técnicas computacionais.
Utilizando conhecimentos do ramo da computação ubíqua, o pesquisador Alexandre Martins Ferreira de Sousa desenvolveu seu projeto de mestrado “Superfície Mágica: criando superfícies interativas por meio de câmeras RGBD e projetores”, este ano, orientado pelo professor Carlos Hitoshi Morimoto, do Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP). “Durante a pesquisa, desenvolvemos uma série de algoritmos e de modelos matemáticos que permitem adicionar, a superfícies comuns, computação e interação”, explica Alexandre. Além dos modelos matemáticos, um software especial para equipamentos como câmeras e projetores foi desenvolvido.
Superfície Mágica
O pesquisador explica que, atualmente, em computação pessoal, o computador é delimitado a certas formas físicas que já estamos muito habituados, como notebooks, smartphones, entre outros. “A capacidade dos computadores aumentou muito nos últimos tempos, porém, a forma como interagimos com eles pouco tem avançado”, conta Alexandre. Portanto, considerando essa nova realidade e uso da computação além dos ambientes de trabalho, o estudo e a pesquisa acerca de novas formas de interação computacionais tornam-se interessantes.
Uma nova forma de interação desenvolvida por Alexandre em sua pesquisa foi a Superfície Mágica. A partir de estudos de como possibilitar a união do mundo virtual com o real e explorando formas de interação inspiradas em habilidades humanas como desenhar, gesticular e agarrar, a Superfície Mágica transforma uma superfície comum (por exemplo, uma mesa rígida e opaca) em um espaço interativo multi-toque.
A Superfície Mágica suporta a execução de aplicativos, permitindo que a superfície utilizada se transforme em uma área interativa para desenho, em um explorador de mapas, simulador 3D para navegação em ambientes virtuais, além de outras diversas possibilidades. Visto isso, as aplicação do sistema vão desde áreas educacionais até artísticas e do entretenimento. A instalação do protótipo envolve um sensor Microsoft Kinect, um projetor de vídeo e um computador pessoal.
Para saber e entender mais sobre o projeto, assista ao vídeo produzido pela AUN TV abaixo: