São Paulo (AUN - USP) - Estruturas amareladas que se ligam por toda a imagem, formando um padrão como o de uma toca, com buracos, e andares. Assim é a obra Net-like, de Ricardo Tranquilin, que obteve o 2º lugar na 4ª edição da Exposição Online Internacional de Nanoarte 2009/2010. Já Bees at Home, de Daniela Caceta, que lembra um enxame de pequenas abelhas que se reúnem em onde sobre um torrão de açúcar, obteve o 4º lugar.
Os trabalhos foram desenvolvidos dentro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), com a participação de docentes e estudantes do Ipen, Instituto de Física da USP São Carlos, Unesp e UFSCar. Sea Coral, do também brasileiro Rorivaldo de Camargo, obteve o primeiro lugar na votação do público. Ao todo, a equipe brasileira enviou 15 imagens para a competição.
Arte Invisível
A matéria-prima das obras de nanoarte não é visível a olho nu – são imagens de materiais em nanoescala, provenientes de produtos químicos ou processos físicos, menores que 100 nanometros (10-9m). As imagens são obtidas por microscópios eletrônicos de alta precisão e gravadas em branco e preto – cabe ao técnico, ou artista, colori-las posteriormente, e é principalmente nessa parte do processo que a percepção artística e a criatividade dos técnicos ganham importância.
Essa expressão artística surgiu recentemente com o artista e cientista da Universidade de Nova York, Cris Orfescu, como uma forma de aproximar do público geral a nanotecnologia e seu impacto em nossas vidas. Hoje a nanoarte já se dissemina – nesta edição da Exposição Online, foram inscritas obras de 16 diferentes países. As imagens vencedoras serão exibidas em festivais de Nanoarte na Alemanha e Finlândia. Todas as imagens participantes, porém, ainda podem ser conferidas no site www.nanoart21.org.