São Paulo (AUN - USP) - O auditório do MAC (Museu de Arte Contemporânea da USP) ficou lotado para receber a palestra do artista Nelson Leirner no evento MAC Encontra os Artistas, recentemente.
Tadeu Chiarelli, diretor do Museu, explicou que a ideia do evento era trazer artistas jovens que estão se destacando na arte contemporânea. Porém, o grupo de estudos, do qual é coordenador, sentiu necessidade de convidar artistas renomados e que já possuíam uma coleção no Museu. Com isso, o artista de 80 anos brincou: “Pelo o que entendi, os jovens acabaram e partiram para a terceira idade?”
Muito bem-humorado, Leirner mostrou projeções de algumas de suas obras que estão no acervo do MAC. Segundo o artista, “as doações foram feitas por falta de espaço”, quando exibia sua obra Flores – Cor Carmim de 1986 - 1988, um painel com 48 desenhos de flores em grafite.
Leirner também comentou que sempre lhe perguntam se é mais fácil ser artista hoje ou nos anos 70, quando começou. E responde que hoje em dia o artista é mais livre para fazer o que quer, o que torna mais fácil a profissão. Não existem mais os “ismos” de antigamente, como geometrismo e concretismo. Nos anos 70, os artistas eram rotulados em vertentes artísticas, o que impedia maior liberdade em seu trabalho. Para ele, atualmente dá para viver da própria arte, ao contrário do que do que era no início na sua carreira, que teve uma herança para sustentá-lo e ainda que trabalhou como designer e professor.
O MAC encontra os artistas continua todas as terças-feiras até dia 26 de junho no Museu de Arte Contemporânea da USP. Mais informações no site http://www.mac.usp.br/mac.