
“Gosto de ouvir música clássica
e assistir a DVDs para relaxar. Nas férias,
acordo depois das 9h e fico na internet
até tarde. Gosto de sair pelo centro
da cidade, ir a livrarias e sebos de livros
e discos antigos.” Sady Carlos de Souza
Júnior.

“Travesseiro e colchão não é só uma questão de férias, é uma questão de vida muito importante para a nossa saúde.” Prof.ª Clarice Tanaka

“A leitura ajuda a relaxar, você viaja
sem sair de casa.” Márcia Pina Albe
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Ficar
em casa curtindo a família ou viajar
para a praia com os amigos são apenas
duas das diversas opções para
aproveitar o verão e descansar. É época
de tirar o atraso de tudo que não
cabe na correria do dia-a-dia, praticar esportes,
sair às compras ou simplesmente se
espreguiçar por horas diante da televisão.
Esses momentos podem se tornar ainda mais
prazerosos com algumas dicas de fisioterapeutas
que ensinam desde como escolher uma cadeira
de praia que não prejudique a coluna
até massagens que relaxam o corpo
todo.
Cochilar no sofá é típico
de férias, quando não existe
compromisso de acordar cedo. “É extremamente
prejudicial para a coluna cervical dormir
no braço do sofá”, afirma a
coordenadora do curso de Fisioterapia, Raquel
Casarotto. A cabeça muito flexionada é certeza
de dor no dia seguinte. Raquel, que é professora
da disciplina Fisioterapia Preventiva, aponta
uma solução: “Você pode
assistir a TV no sofá, mas tem de
pegar o seu travesseiro da cama ou colocar
uma almofada para manter o pescoço
e a coluna alinhados”.
Sady Carlos de Souza Júnior, analista
acadêmico na Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo, confessa que para ele “dormir
no sofá não é só nas
férias, é todo dia. Às
vezes sinto dor no pescoço. É ruim,
porque quando acordo no meio da noite fico
relutando entre dormir mais um pouco, ir
trocar de roupa, escovar os dentes, e acabo
indo para cama depois da meia-noite”.
Mesmo quem toma coragem, desliga a TV e
vai para a cama deve prestar atenção
onde deita, afinal, passamos um terço
da vida nessa posição. “Travesseiro
e colchão não é só uma
questão de férias, é uma
questão de vida muito importante para
a nossa saúde”, alerta Clarice Tanaka,
chefe do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia
e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina. “Não
importa se o colchão é de mola
ou de espuma, ele precisa ter uma densidade
boa.”
Segundo Raquel, colchão bom é aquele
em que você deita e não afunda.
Mas não pode ser muito duro também,
senão a pessoa acorda no meio da noite
sentindo a pressão nas saliências ósseas
do corpo. Se você pensa que um marido
mais gordinho e uma mulher mais magrinha
vão ter de dormir em camas separadas,
está enganado. A indústria
de colchões já encontrou uma
solução para isso: camas de
casal com densidades diferentes em cada metade.
Quando o assunto é travesseiro, o
problema é a altura. “Tem de calcular
a distância entre o ombro e a cabeça,
de modo que esta se alinhe com o corpo”,
explica Raquel. Para quem dorme de lado, “o
melhor é não ter uma perna
em cima da outra. Se dormir sobre o lado
esquerdo, coloque a perna direita mais à frente
com um travesseiro embaixo para compensar
a altura da outra perna”, diz Clarice. De
barriga para cima, um apoio embaixo dos joelhos
colabora para tirar o estresse de tensão,
facilitando o relaxamento.
“Quando percebo
que aquele soninho está chegando,
vou dormir na cama”, conta Márcia
Pina Albe, secretária da Diretoria
do Instituto de Astronomia, Geofísica
e Ciências Atmosféricas. “Estou
acostumada a dormir em travesseiro anatômico
e uma vez até deitei no colchão
na loja para experimentar.” Dormir de bruços não é recomendado,
porque aumenta as curvas da coluna lombar
e a cervical fica mal posicionada. No entanto,
algumas pessoas sentem-se mais confortáveis
nessa posição, dormindo com
a barriga aquecida. Os problemas relacionados
a posturas inadequadas, inclusive durante
o sono, podem ser revertidos. O chato é que
quando alguém troca de travesseiro,
demora de uma semana a dez dias para se acostumar.
Quando muda o colchão ou a posição
de dormir, pode levar até dois meses
para se habituar. |