Tendo como referência a literatura do escritor Checo Franz Kafka e o romance Grande Sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, através do apoio teórico de Walter Benjamin, Giorgio Agamben, Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, este artigo investiga três formas de estado de exceção:a soberana, a disciplinar e a do controle, propondo a simultaneidade delas a partir do conceito de sociedade do controle integrado.
Análise da narrativa ficcional “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa, presente em Primeiras estórias (1962), como figuração ficcional do materialismo histórico, categoria desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels, exposta e desenvolvida em quase toda a obra teóricas de tais pensadores, sobretudo em A sagrada família (1844), e Ideologia alemã (1846), e a ideia de utopia, considerando, principalmente, a obra Utopia (2016), de Thomas Morus. Usa-se, também, os conceitos de regimes da arte, de Jacques Rancière, em A partilha do sensível (2009), para tecer a relação entre a obra literária analisada, os usos do signo utopia, e como estes podem ser interpretadas, dentro e fora da literatura, tendo em vista o materialismo marxista como método de análise de todas as correlações presentes neste trabalho.