Análise da narrativa ficcional “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa, presente em Primeiras estórias (1962), como figuração ficcional do materialismo histórico, categoria desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels, exposta e desenvolvida em quase toda a obra teóricas de tais pensadores, sobretudo em A sagrada família (1844), e Ideologia alemã (1846), e a ideia de utopia, considerando, principalmente, a obra Utopia (2016), de Thomas Morus. Usa-se, também, os conceitos de regimes da arte, de Jacques Rancière, em A partilha do sensível (2009), para tecer a relação entre a obra literária analisada, os usos do signo utopia, e como estes podem ser interpretadas, dentro e fora da literatura, tendo em vista o materialismo marxista como método de análise de todas as correlações presentes neste trabalho.