Neste artigo, o autor busca identificar em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, a lógica de base do romance, que responde pelo conjunto de sua estruturação formal, temas, motivos e linguagem, mas que não se reduz um módulo formal estático, meramente reaplicável. Ao contrário, trata-se de um núcleo em contínuo movimento a partir da consciência dividida do narrador, a configurar uma contradição insolúvel, uma espécie de dialética negativa, que não engendra superação ou síntese propriamente ditas.