Tutaméia (Terceiras Estórias) é uma obra dotada de várias “intenções ocultas”, conforme Paulo Rónai. Os elementos que a tornam labiríntica são múltiplos: dois índices, dois títulos, ordenação alfabética dos contos, anagramas, epígrafes, glossário, quatro prefácios, ilustrações de capa e ilustrações ao final de cada estória. O presente estudo objetiva detalhar os pormenores de sua estrutura peculiar e apresentar algumas considerações acerca dos quatro prefácios que a compõem.
Partindo do “julgamento” a que é sujeito o chefe-jagunço Zé Bebelo e da análise do conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, este artigo analisa a constituição de um código de lei particularíssimo, consuetudinário, onde a lei-de-morte será norma de conduta em Grande sertão: veredas.
O intuito deste ensaio é, a partir do texto de T. S. Eliot (1998) sobre o Hamlet de Shakespeare e das idéias desenvolvidas por Henri Bergson em seu Ensaio sobre os dados imediatos da consciência (1988), pôr em evidência alguns aspectos estruturais do Grande Sertão: Veredas, aspectos que fazem dele o portador de uma postura ética e epistemológica ainda válida como resposta às aporias da cultura contemporânea.