No presente artigo analisamos o conto "Substância" de "Primeiras Estórias". Nossa atenção concentra-se nos pares de contrários eu/outro, masculino/feminino, razão/emoção, repouso/movimento que no final do conto são harmonizados. A problemática dos contrários preocupou o homem desde seus primórdios. Assim, já a encontramos nos mitos primitivos, nos primeiros filósofos gregos, como em Heráclito, por exemplo. Modernamente, os contrários ocuparam a atenção de Hegel em sua dialética e a de Jung em sua psicologia, levando-o a voltar-se para a mitologia. Em nossa análise, portanto, serão recorrentes as referências à mitologia, à filosofia e à psicologia junguiana. O título do artigo é tomado de empréstimo ao próprio conto que ora consideramos. Propositalmente escolhemos este sintagma, "um-e-outra", já que nele temos dois pares de contrários: eu/outro, masculino/feminino que são harmonizados, formando assim uma só substância.
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