Este artigo busca contribuir com um renovado vocabulário para a análise literária, em particular no que se refere aos estudos de tradução, multilingualismo, culturas orais e estudos sonoros na prosa de ficção. A partir de uma análise da novela "O recado do morro" (1956), de João Guimarães Rosa, esse estudo sugere a inclusão de dois termos intraduzíveis: recado e conconversa. O primeiro, um termo que em português significa “mensagem,” “rumor” e “aviso,” simultaneamente, remete a um tempo pré-babélico imaginário, quando a natureza “fala.” O segundo, remete a um tempo pós-babélico, quando a multiplicidade de linguagens converge através da tradução, em busca de um sentido partilhado apesar das diferenças linguísticas.
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