Este ensaio faz parte de uma pesquisa cujo objetivo é o estudo das relações entre verossimilhança e inverossimilhança na obra de Guimarães Rosa. São feitas considerações acerca dos momentos iniciais da recepção da obra junto à crítica profissional, salientando-se principalmente o modo como a inserção do elemento inverossímil, numa narrativa que remete à tradição realista e regionalista, provoca o espanto dos comentaristas. Tal espanto, contudo, comparado com a relativa reserva com que são recebidas outras obras, como a de Clarice Lispector, mencionada no ensaio, indica que a construção do modernismo, para a crítica, implicava, entre os anos 1940 e 1950, o resgate e o aprofundamento de certas tendências regionais exercitadas, no Brasil, pelo romance de 30 nordestino. No encontro entre o realismo regional e a fantasia imaginativa, de caráter inverossímil, se localizaria a originalidade de Guimarães Rosa.
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