A presente tese apresenta uma análise das relações entre três novelas de João Guimarães Rosa e o veículo que lhes serviu de suporte, a revista Senhor, publicada entre março de 1959 e março de 1964. O objetivo é propor uma interpretação de A simples e exata estória do burrinho do Comandante, Meu tio o Iauaretê e A estória do Homem do Pinguelo, que vieram a compor o póstumo Estas estórias, à luz de uma poética cultural, a que vigorou no período da construção e inauguração de Brasília. O discurso cultural que caracteriza a era de Juscelino Kubitschek pauta-se pelas ideias de desenvolvimento, modernização e integração. A revista Senhor é ícone dessa era, e reuniu em suas páginas o que era sinônimo de novidade, sem deixar de ser brasileira. Como ocorre com os textos publicados pela revista, a obra de Rosa compõe parte desse discurso cultural, na medida em que o projeto literário do autor tem o dialogismo, uma forma de integração, como pilar central. Os lugares tanto da revista quanto do autor no campo literário são considerados para se veja neles uma convergência, e para que se os considere como partes constituintes de um mesmo discurso.
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